Exaustão de fumos e qualidade da peça: detalhes técnicos dessa relação

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Na indústria, nada tem o resultado esperado se todos os equipamentos não trabalharem juntos. Assim como numa empresa em que setores importantes como o RH, o financeiro e o marketing precisam estar em consonância, no ramo industrial é igual. É preciso estudo e análise crítica para garantir que as peças escolhidas são a melhor alternativa para o seu projeto. A exaustão de fumos, por exemplo, segue a mesma regra. Por isso, é de grande importância conhecer os equipamentos e seus detalhes técnicos.

Antes de mais nada, precisamos entender um pouco sobre o que são fumos de solda e a função de um projeto de exaustão para combatê-los. Os fumos são liberados a partir de um processo de soldagem, por meio de uma reação puramente química. O pó se origina na vaporização do metal de adição durante o momento da solda.

Um projeto de exaustão de fumos tem como objetivo não só resfriar o ambiente, gerando maior conforto térmico, mas também impedir que esses fumos de solda sejam inalados pelos trabalhadores. É exatamente nesse momento que o exaustor de fumos age, eliminando a toxicidade do ambiente, garantindo um lugar saudável para trabalhar. Mas, antes mesmo de sair encomendando seu exaustor e as peças que compõem um sistema de exaustão, é preciso conhecer um pouco sobre cada uma delas.
 

COMO É COMPOSTO UM EXAUSTOR


Um projeto de exaustão de fumos, ou tecnicamente chamado de sistema de ventilação local exaustora, é de extrema importância no combate a fuligens e substâncias tóxicas. É sempre recomendável seguir os conceitos da engenharia para instalar um projeto assim na sua empresa, a fim de evitar que o exaustor tenha seu funcionamento operando de maneira ineficaz e colocando a saúde dos colaboradores em risco.

Mas, afinal, como é composto um exaustor de fumos? Um sistema de exaustão é, em geral, composto por quatro peças principais: o captor, o sistema de dutos, o ventilador e o sistema filtrante de controle de poluição de ar - o filtro.


1) O captor


O captor é o responsável por, justamente, captar o ar do ambiente, juntamente com as fuligens e com os fumos de solda. Para que o ar possa adentrar o captor, é necessário que seu sistema forneça energia para tal. A energia é fornecida como pressão estática, que é o resultado da soma da pressão cinética necessária à movimentação do fluido até o momento em que se alcança a velocidade do próprio fluido já no duto.

Entender isso é de extrema importância já que o modelo do seu exaustor vai definir a dimensão do captor que você deve escolher. Por exemplo, algumas dimensões de captores de acordo com o equipamento:

Serra Circular: 700 mm X 300 mm
Lixadeira: 1100 mm X 500 mm
Plaina: 500 mm X 300 mm
Serra de fita: 300 mm X 150 mm
 

2) O sistema de dutos


O sistema de dutos é composto por 2 ou mais dutos e fazem parte do sistema de exaustão. As principais finalidades dos dutos são a de transportar o ar quente ou frio, de conduzir o ar filtrado e sem poluentes e, o mais importante, extrair particulados poluentes, seja em vapores ou em fuligens.

Os dutos são peças importantes nesse complexo sistema de exaustão de fumos, já que são os responsáveis por captarem o ar poluído e conduzi-lo ao local ou equipamento que efetue a limpeza dos particulados. Além disso, são as peças que carregam o ar limpo de dentro do exaustor para o ambiente, assegurando maior qualidade de vida a quem está fazendo uso dele. Mas não só no ramo industrial os dutos são importantes. Numa cozinha, por exemplo, os dutos transportam os vapores e a fumaça provindos do preparo e do cozimento dos alimentos.
 

3) O ventilador


O ventilador é o equipamento em si. É ele o responsável por refrigerar o ar e distribuir oxigênio ao ambiente. A escolha do exaustor ou ventilador que irá compor o seu sistema vai depender de alguns fatores que precisam ser previamente estudados. 

Um deles é o tipo de ambiente: pode ser um galpão de indústria, um estúdio de gravação, uma cozinha industrial. Isso é importante saber já que alguns modelos podem ter suas especificidades. Na indústria, por exemplo, o ideal é um modelo de exaustor que ventile e mantenha o equilíbrio térmico, assim como, sua eficácia esteja voltada para a remoção das partículas de fumos de solda. Já em um estúdio, o ambiente requer silêncio e, aí, é necessário um tipo que não exerça barulho, mas que, ainda assim, consiga efetuar a troca de ar. 

Por causa disso, é recomendável que a escolha do ventilador seja feita e analisada por um profissional, que será capaz de avaliar, entre outras questões, o tipo de ambiente, o seu tamanho e a energia dispendida para a atuação. 
 

4) O filtro


O sistema filtrante de controle de poluição de ar é também conhecido como filtro. Sua principal função é reter determinados materiais, tais como pó, fumos de solda, gordura e fumaça. O filtro para seu sistema de exaustão vai depender, mais uma vez, do tipo de ambiente que você tem. Os filtros metálicos e os de carvão, por exemplo, são comumente usados em exaustores ou coifas domiciliares. Os metálicos podem remover até 80% da gordura captada pelo sistema.

Na indústria, o filtro de manga é o que recebe maior indicação. Ele se caracteriza por separar o material filtrado por meio de mangas, num determinado tecido que filtra o ar. Isso permite o reaproveitamento do material, gerando maior custo-benefício.

A exaustão de fumos se dá a partir de um complexo sistema com peças fundamentais para sua melhor execução. É imprescindível estudar e analisar o seu ambiente e quanto você está disposto a investir, já que existem diversos modelos com diferentes finalidades e características. Por isso, é sempre desejável a ajuda profissional para que a escolha das peças que irão compor seu sistema estejam de acordo com a particularidades do seu ambiente.